Quais as vantagens de se trabalhar: CLT x PJ
Você já se perguntou qual é a melhor forma de se trabalhar: como CLT ou como PJ? Essa é uma dúvida comum entre muitos profissionais, especialmente os que atuam na área de tecnologia.
Neste post, vamos explicar as principais diferenças entre esses dois regimes de contratação e quais são as vantagens de cada um. Acompanhe!
O que é CLT?
CLT é a sigla para Consolidação das Leis do Trabalho, que é o conjunto de normas que regulamenta as relações de trabalho entre empregados e empregadores no Brasil.
Quem trabalha como CLT tem carteira assinada e direito a uma série de benefícios, como:
- Férias remuneradas de 30 dias por ano;
- 13º salário;
- FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço);
- INSS (Instituto Nacional do Seguro Social);
- Seguro-desemprego;
- Licença-maternidade e paternidade;
- Aviso prévio;
- Horas extras;
- Adicional noturno;
- Vale-transporte;
- Vale-refeição ou alimentação.
Qual é a jornada de trabalho no regime CLT?
Além disso, quem trabalha como CLT tem uma jornada de trabalho definida, que geralmente é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, podendo variar conforme a categoria profissional.
O salário também é fixo e definido em contrato, sendo reajustado periodicamente.
O que é PJ?
PJ é a sigla para Pessoa Jurídica, que é o termo usado para designar as empresas. Quem trabalha como PJ presta serviços para outras empresas, mas não tem vínculo empregatício com elas.
Ou seja, não tem carteira assinada nem direito aos benefícios da CLT.
Quem trabalha como PJ emite nota fiscal para receber pelos serviços prestados e paga impostos como empresa. Existem diferentes tipos de PJ, mas o mais comum entre os profissionais de tecnologia é o MEI (Microempreendedor Individual), que é uma categoria simplificada e com menos burocracia.
Quem trabalha como PJ tem mais liberdade para negociar o valor e a forma de pagamento pelos serviços, podendo cobrar por hora, por projeto ou por mês. Também tem mais flexibilidade para definir a sua carga horária e o seu local de trabalho, podendo trabalhar em casa ou em espaços compartilhados.
Quais são as vantagens de se trabalhar como CLT?
Trabalhar como CLT tem algumas vantagens, como:
- Maior estabilidade: quem trabalha como CLT tem mais segurança no emprego, pois só pode ser demitido por justa causa ou mediante pagamento de uma indenização;
- Maior proteção: quem trabalha como CLT tem direito a uma série de benefícios que garantem uma renda extra e uma assistência em caso de doença, acidente, desemprego ou aposentadoria;
- Menor burocracia: quem trabalha como CLT não precisa se preocupar com questões contábeis e fiscais, pois o empregador é responsável por recolher os impostos e fazer os pagamentos.
Quais são as vantagens de se trabalhar como PJ?
Trabalhar como PJ também tem algumas vantagens, como:
- Maior autonomia: quem trabalha como PJ tem mais liberdade para escolher os projetos que quer fazer, os clientes que quer atender e a forma que quer trabalhar;
- Maior rendimento: quem trabalha como PJ pode ganhar mais do que quem trabalha como CLT, pois pode negociar valores mais altos e pagar menos impostos;
- Maior crescimento: quem trabalha como PJ pode ampliar seus conhecimentos e habilidades, pois pode atuar em diferentes áreas e mercados.
Vídeo: Compensa mais ser CLT ou PJ?
Quanto custa um funcionário para empresa?
Você já se perguntou quanto o seu empregador gasta com você? E se você pudesse negociar um aumento de salário se tornando um profissional autônomo, ou PJ?
Vamos explicar como funciona o custo de um empregado para as empresas e como você pode usar essa informação para pedir um aumento.
O custo de um empregado para uma empresa não se resume apenas ao salário bruto que ele recebe. Existem vários encargos sociais e trabalhistas que a empresa precisa pagar, como INSS, FGTS, 13º salário, férias, vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde, entre outros.
Esses encargos podem representar até 70% do salário bruto do empregado, dependendo do regime tributário da empresa e do tipo de contrato.
Por exemplo, se um empregado recebe R$ 3.000,00 de salário bruto, o custo total para a empresa pode chegar a R$ 5.100,00 por mês. Isso significa que a empresa paga R$ 2.100,00 a mais do que o empregado recebe efetivamente. Esse valor é chamado de custo efetivo total (CET).
Agora, imagine que esse mesmo empregado se torne um profissional autônomo, ou PJ. Nesse caso, ele não teria os mesmos direitos trabalhistas que um empregado CLT, mas poderia negociar um valor maior pelo seu serviço. Além disso, ele teria mais flexibilidade para escolher seus horários, projetos e clientes.
Um profissional autônomo pode emitir nota fiscal como MEI (microempreendedor individual), ME (microempresa) ou EPP (empresa de pequeno porte), dependendo do seu faturamento anual.
Cada uma dessas categorias tem um regime tributário diferente, que pode ser o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real.
Melhor escolha para me tornar um PJ
O Simples Nacional é o mais vantajoso para os profissionais autônomos, pois tem uma alíquota única de imposto que varia de 6% a 17,42%, dependendo da atividade e do faturamento. O Lucro Presumido tem uma alíquota fixa de 15% sobre o lucro presumido da empresa, mais 9% de contribuição social sobre o lucro líquido.
O Lucro Real tem uma alíquota de 15% sobre o lucro real da empresa, mais 10% sobre a parcela que exceder R$ 20.000,00 por mês, mais 9% de contribuição social sobre o lucro líquido.
Além dos impostos, o profissional autônomo também precisa pagar o INSS como contribuinte individual, que é de 20% sobre o seu rendimento bruto. No entanto, ele pode optar pelo plano simplificado, que tem uma alíquota de 11% sobre o salário mínimo.
Considerando esses fatores, vamos calcular quanto um profissional autônomo precisa receber para ter o mesmo rendimento líquido que um empregado CLT que recebe R$ 3.000,00 de salário bruto.
Como negociar para trocar o CLT pelo PJ com seu chefe
Se ele for MEI e pagar 6% de imposto pelo Simples Nacional, ele precisaria receber R$ 4.255,32 para ter um rendimento líquido de R$ 3.000,00. Se ele for ME ou EPP e pagar 15% de imposto pelo Lucro Presumido, ele precisaria receber R$ 4.705,88 para ter o mesmo rendimento líquido. Se ele pagar 15% de imposto pelo Lucro Real, ele precisaria receber R$ 4.761,90.
Esses valores são bem menores do que o custo efetivo total (CET) que a empresa pagaria pelo empregado CLT. Isso significa que há uma margem para negociar um aumento de salário se tornando um profissional autônomo.
Mas como fazer essa negociação? Aqui vão algumas dicas:
- Faça uma pesquisa de mercado para saber quanto os profissionais da sua área estão cobrando pelos seus serviços.
- Calcule quanto você precisa receber para manter o seu padrão de vida e ter uma reserva financeira.
- Apresente os benefícios que a empresa teria ao contratar você como PJ, como redução de custos, flexibilidade e qualidade.
- Mostre o seu valor e o seu diferencial como profissional, destacando os seus resultados, as suas competências e o seu potencial.
- Seja flexível e aberto ao diálogo, mas não aceite uma proposta que seja injusta ou que prejudique a sua carreira.
Lembre-se de que se tornar um profissional autônomo também tem seus desafios e riscos, como a falta de estabilidade, a necessidade de gestão financeira e a responsabilidade legal. Por isso, é importante se planejar e se preparar antes de tomar essa decisão.
Conclusão
Como você viu, tanto o regime CLT quanto o regime PJ têm suas vantagens e desvantagens. A escolha depende do seu perfil profissional, dos seus objetivos e das suas preferências.
O importante é pesar os prós e os contras de cada opção e tomar uma decisão consciente e informada.
Esperamos que este post tenha sido útil para você. Se você gostou, compartilhe com os seus amigos e deixe o seu comentário. Até a próxima!